quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A pessoa errada


Pensando bem
em tudo o que a gente vive e vivencia e ouve e pensa
não existe uma pessoa certa para nós;
existe uma pessoa que se você for parar para pensar
é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa
faz tudo certinho
chega na hora certa,
fala as coisas certas,
faz as coisas certas,
mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
É a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça,
fazer loucuras,
perder a hora,
morrer de amor;
a pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar,
que é para na hora que vocês se encontrarem,
a entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar,
mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono,
mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível.
Essa pessoa talvez te magoe,
e depois te encha de mimos pedindo seu perdão.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado,
mas vai estar 100% da vida dela esperando você.
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo,
porque a vida não é certa.
Nada aqui é certo.
O que é certo mesmo é que temos que viver
cada momento,
cada segundo
amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo, conseguindo;
E só assim,
será possível chegar aquele momento do dia
em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo",
quando, na verdade,
tudo o que ele quer
é que a gente encontre a pessoa errada
para que as coisas comecem a realmente funcionar direito para nós...

Luis Fernando Veríssimo

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Um segundo errante do tempo

Já sentiu que esqueceu de sentir saudades de algo simplesmente de tanto que sentiu?
Algo como aquela nostalgia de olhar pra infância e ver que você era tão feliz e nem imaginava. Perceber que você teve algo sem o qual sabia que jamais viveria; e de repente você estava ali sem, e vivo. Mas aí surge aquela música ou aquela foto do fundo da caixa, e Deus sabe de onde vêm também os cheiros, as sensações e, por fim, uma fagulha do tempo depois, as emoções.
Pra mim, esse é o parâmetro do quanto endurecemos.
Na falta de escolha diante da delebilidade de tudo aquilo de que muitas vezes nunca sonhei me desapegar, vai a máxima de um professor muito querido: "A mente humana foi feita para esquecer, e não para lembrar."
Graças a Deus.

João Rodrigues