domingo, 30 de março de 2008

O segundo antes

Olho pros momentos que eu vivi sempre me perguntando pelos que não vivi.
Quais escolhas eu fiz e o que teria acontecido se cada uma delas tivesse passado por mínimas modificações.
Quantas coisas eu ganhei por segundos a mais de insistência, e o pior, nunca saber quantas eu perdi por talvez ter desistido em cima da marca.
Mas eu sabia? Naquele momento eu tinha uma mínima idéia do quão feliz eu potencialmente seria dali a pouco?
É por isso que, a despeito do medo, hoje está tudo entregue nas mãos do acaso; do contrário, nunca conseguirei estar em um lugar sem pensar em todos aqueles em
que não estou por causa desta escolha.
Mas é curioso, quase mágico, como vemos que sempre estamos exatamente onde deveríamos.

João Rodrigues

2 comentários:

Dri Quedas disse...

A serenidade que surge quando percebemos que estamos exatamente onde queríamos é sublime... Mas para isso é importante prestar atenção e usufruir o agora e deixar nossa mania de pensar excessivamente no futuro, no próximo segundo, na próxima hora, no próximo ano..

Rique Paiva disse...

Um economista (não eu!) diria algo sobre o 'custo de oportunidade', termo que lhe é caro, referindo-se a tudo aquilo de que se abre mão (as infinitas possibilidades) quando se faz uma escolha - qualquer escolha. Completaria dizendo que a alocação dos mercados em livre concorrência é sempre a mais eficiente possível - o resultado, mesmo que não planejado ou antevisto, será sempre o melhor que se pde obter dadas as condições iniciais.

Olhando-se o indivíduo, vê-se que a vida é um jogo. Percebendo-se as nossas relações, nota-se que é um tecido.