Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto,
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor, hei de espalhar meu canto
E rir meu riso, e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
Assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Moraes
3 comentários:
esse é lindo mesmo.
dan
Eu acho que fui desproporcional, a raiva do momento muito forte, eu não posso me controlar. eu confesso que despejei tudo do tamanho da raiva que eu tava, sem pensar em como poderia magoar quando chegasse aí. Não sei se você naquele dia se importava ainda com o que eu penso, mas como eu acho que se importava sim, digo que não é daquele tamanho. Então, só pra redimensionar, digo que vc me irritou muito, pela insistência - esse tipo de julgamento sobre o que é certo e o que é errado pra mim, que eu sabia que você fazia, é que me fez retirar a intimidade que eu tinha te dado, em primeiro lugar - e é melhor você ficar afastado por isso. Senão correr-se-ia sempre o risco de acordar de novo a minha brabeza, que, admito, não é uma coisa bonita de se ver. Berros e pessoas chorando geralmente fazem parte da cena.
No mais, não sou do tipo que quer mostrar "como estou feliz sem você". Não vou ficar feliz se você estiver infeliz, e não vou fazer questão que você saiba quando eu estou feliz. Apenas não posso ter você por perto, neste andar da carruagem. Entretanto, se teve coisas boas nesse meio tempo, bom pra nós, eu não vou esquecer, mas isto é menos que um pedido de desculpas, é algo a ser dito para ser justo.
Se cuida!
F**a d+...amo!
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